Município de Óbidos e Plano Nacional de Leitura 2027 celebram protocolo

Foi assinado quinta-feira, 11 de abril, na Casa José Saramago, o protocolo do Plano Local de Leitura entre o município de Óbidos e o Plano Nacional de Leitura 2027.

Os planos locais de leitura dão forma às políticas públicas de leitura nos territórios. São operacionalizados pelos municípios com o apoio estratégico do Plano Nacional de Leitura no que respeita ao diagnóstico, implementação, monitorização e avaliação.

Na sua intervenção minutos antes da assinatura do protocolo, Filipe Daniel, presidente da Câmara Municipal de Óbidos, começou por agradecer ao comissariado do Plano Nacional de Leitura “por acreditarem que Óbidos, para além de ser considerada desde 2015 Cidade Criativa da Literatura da UNESCO, tem também uma estratégia assente naquilo que é Óbidos Vila Literária. Este gosto por incutir a leitura leva-nos portanto a este Plano Local de Leitura, que é para nós muito importante, no sentido de estimular a leitura junto dos mais jovens, nas escolas, mas também junto de outras faixas etárias”.

Em resposta, Regina Duarte, comissária do Plano Nacional de Leitura, manifestou também a sua satisfação quanto à assinatura deste protocolo com o município de Óbidos, e explicou a importância do documento.

“Os planos locais de leitura são para nós muito importantes porque são o que de mais genuíno nós temos no país. São ações dos territórios para os territórios. Para o Plano Nacional de Leitura, esta é uma forma de darmos visibilidade ao que é feito nos territórios”.

“Óbidos é muito conhecido pelo Festival Latitudes e pelo FOLIO, e é conhecido para fora. Mas tem também muitas práticas de leitura orientadas para a sua comunidade. Para nós, é muito mais interessante apoiarmos ações que são pensadas pelos territórios para as suas comunidades, do que estarmos a criar medidas a nível nacional que são anónimas, sem identidade, e que não fazem sentido em diferentes territórios”, justificou Regina Duarte, na sessão de assinatura do protocolo.

“Óbidos também tem uma responsabilidade acrescida pelo facto de ser uma Vila Literária e pela experiência e conhecimento - produzido - que tem”, salientou. "Tem, portanto, aqui uma responsabilidade no sentido de inspirar outras zonas do país e outros territórios que procuram ter alguma ação, mas que, muitas vezes, precisam de ideias e precisam de ver práticas que funcionam, que estão testadas. Ou seja, precisam de aprender com o vosso conhecimento. A nossa ideia de constituir uma rede de planos locais de leitura tem a ver com esta partilha de práticas a nível nacional”, salientou a comissária.

“Óbidos tem muita ação sistemática e estratégica”, apontou ainda Regina Duarte. “O que distingue o vosso trabalho é esta visão da leitura que é estratégia e sistemática, e que é uma abordagem que decorre durante todo o ano. Com este protocolo, a ideia é pedir-vos que se prestem a partilhar as vossas práticas com outros, e que possam servir de inspiração a outros territórios que querem investir mais na leitura”, rematou.