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Cidade Romana de 'Eburobrittium'
Vista aérea de Eburobrittium durante as cheias de 2006 (fotografia de David Vieira)
Referida por Plínio-o-Velho, naturalista romano do séc. I d.C., a localização exacta de Eburobrittium foi discutida durante séculos. Apenas escavações arqueológicas permitiram uma localização segura na sequência da construção da A8 e da A15.
Entre 1994 e 2006, as escavações arqueológicas efectuadas por José Beleza Moreira expuseram uma parte da área central da cidade, que integra alguns edifícios públicos, edifícios de habitação e infra-estruturas para drenagem de águas.
O forum constituiu o principal edifício da cidade, desempenhando funções comerciais, administrativas, religiosas e sociais. Parcialmente escavado, nele identificou-se onze lojas (tabernae), um possível arquivo ou erário (tabularium ou aerarium) e parte da basílica com duas naves; ao centro, identificou-se parte da praça, ladeada por um pórtico.
As termas serviram para a higiene do corpo e o convívio da comunidade. Aqui escavou-se somente a área dos banhos quentes, onde se reconheceu o banho de vapor (laconicum) e parte de dois compartimentos com sistema de aquecimento (hypocaustum), assim como a zona da fornalha (praefurnium) e o corredor de serviço.
Os edifícios habitacionais suscitam algumas dúvidas de interpretação, porque as plantas não ficaram totalmente definidas. Identificaram-se por vezes pavimentos em obra signina (opus signinum) e canos para escoamento de águas.
Segundo os dados disponíveis, a área central da cidade terá sido construída de raiz a partir de finais do séc. I a.C., sofrendo diversas reformulações até ao abandono na segunda metade do séc. V d.C.
Classificado como SIP - Sítio de Interesse Público
Portaria n.º 424/2013, DR, 2.ª série, n.º 122, de 27-08-2013
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Declaração de retificação n.º 990/2013, DR, 2.ª série, n.º 178, de 16-09-2013
(retificou a planta anexa à portaria anterior)
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