Convento São Miguel de Gaeiras

O Convento de São Miguel de Gaeiras é um antigo convento franciscano, edificado no decorrer do século XVII. Até 1834, ano da extinção das Ordens Religiosas em Portugal, o Convento de São Miguel de Gaeiras foi casa de frades franciscanos, chegando a albergar membros da Família Real.

Depois de 1834 teve diversos usos e vários proprietários. Foi habitação privada, da família Gama após 1870, sendo que após 1955 começou a entrar em declínio. Foi propriedade da Câmara Municipal de Óbidos (1984-1994) que o vendeu à Associação de Municípios do Oeste (AMO) tendo, com a extinção desta associação, transitado para a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM), uma comunidade constituída por 12 municípios da zona Oeste.

Após a sua reabilitação, foi utilizado como centro de formação autárquica e em 2009, ano de criação do ABC - Apoio de Base à Criatividade, foi adaptado a um espaço de incubação de empresas. Durante cinco anos, este espaço foi mesmo a rampa de lançamento da estratégia da Associação Óbidos Ciência e Tecnologia (OBITEC), e que culminou em 2015 com a passagem desta para os Edifícios Centrais do Parque Tecnológico de Óbidos. Em maio de 2023, o Convento de São Miguel foi novamente adquirido pelo Município de Óbidos.

O objetivo desta publicação é dar a conhecer um importante edifício histórico no concelho de Óbidos, que passa despercebido devido à sua localização geográfica, próximo do entroncamento da Autoestrada n.º 8 com a Autoestrada n.º 15, adjacente ao centro histórico de Óbidos, mais concretamente à Vila de Óbidos, onde se concentra a maioria do património edificado do concelho.

Outro dos objetivos é demonstrar que a sua sucessiva e múltipla utilização permitiu que se mantivesse preservado, mesmo que o seu significado original tivesse sido alterado.

É importante dar a conhecer a sua história, e usos diversos a que foi destinado permitindo ao cidadão, o desenvolvimento de uma reflexão sobre o conceito de Património, em particular o património edificado, as questões relativas à sua conservação e ao seu restauro, os usos sociais, públicos ou privados, de que o património edificado pode ser objeto e de que forma essa utilização pode contribuir para a sua conservação ou, pelo contrário, desvirtuá-lo de significado."