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Junho é mês de “Teatro em Óbidos”
Junho é mês de "Teatro em Óbidos". O programa arranca já no próximo domingo, dia 02, e leva ao palco do Auditório Municipal da Casa da Música, mas também do Convento de São Miguel (Gaeiras) e da Casa José Saramago, vários grupos de teatro da comunidade local e de escolas do concelho.
Ao todo, são 14 os espetáculos que vão estar em cena, num festival que celebra e valoriza uma das mais apaixonantes artes cénicas de sempre.
"Já não se fazem revistas como antigamente", pelo grupo de teatro amador "A Raiz" (Usseira), é a primeira peça a subir ao palco. Um espetáculo cheio de música e cor, com uma forte componente de crítica social.
O Município de Óbidos, assente numa estratégia de valorização do território e da comunidade, "tem vindo a desenvolver um projeto na área do teatro cujos principais eixos de atuação são a comunidade escolar e os grupos de teatro amador do concelho", contextualiza Margarida Reis, vereadora com o pelouro da Cultura na autarquia.
Neste âmbito, e "acreditando que quem faz os lugares são as pessoas, as suas memórias e a sua identidade, foi criado o projeto 'Identidade - Teatro para e com a Comunidade Local', precisamente com o objetivo de proporcionar à população atividades lúdicas de carácter educativo a nível de formação teatral, integrando a comunidade nos eventos do Município". Com este projeto, "procuramos também apoiar os grupos de teatro existentes, captar a atenção daqueles que gostam de fazer teatro, e envolver a comunidade, recuperando memórias e tradições (criação de peças originais)".
A pensar no impacto positivo gerado pelo teatro - em diferentes dimensões -, este projeto visa igualmente estimular a criação de grupos compostos por atores de diferentes idades - fomentando o envolvimento intergeracional -, dar a conhecer aos jovens as raízes e a identidade da sua terra e, aos seniores, a possibilidade de relembrar o passado. A integração social e o combate ao isolamento são outros dos objetivos da iniciativa.
No fundo, o festival “Teatro em Óbidos” pretende ir ao encontro da matriz identitária do concelho, “trabalhando a ideia de identidade e comunidade, assim como recuperar tradições e, de certo modo, mantê-las vivas na nossa memória coletiva”.
Para desenvolver este projeto, o Município conta com quatro encenadores que trabalham individualmente com os grupos de teatro locais: José Ramalho, Inês Fouto, David Cipriano e Marlise Gaspar.
Neste momento, existem no concelho quatro grupos de teatro em atividade: “Reflexos”, A-dos Negros; “Animais em Palco”, Amoreira; “Águas Vivas”, Olho Marinho; “A Raiz”, Usseira.
Nas escolas, existem três ateliers de expressão que pretendem ser um espaço privilegiado de criação, recriação e improvisação, em que o dinamizador proporciona atividades promotoras da imaginação e da criatividade.
Ao trabalhar a arte dramática articulada com outras manifestações artísticas, o dinamizador estará a promover nos alunos um conjunto de competências essenciais como a comunicação, a autonomia, o espírito crítico, a cooperação, entre outros.
As principais atividades que têm sido desenvolvidas são: dramatização de histórias, construção de cenários, montagem de espetáculos, participação em atividades na comunidade educativa, leituras de textos de diferentes registos, escrita criativa, e articulação com o projeto de cinema Óbidos Anima.
CARTAZ