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Exposição de arte contemporânea “Ground Zero” apresenta identidade, memória e ecologia
A Galeria Nova Ogiva, em Óbidos, inaugurou no passado dia 06 de junho, com a presença dos autores das obras em exposição, a mostra coletiva “Ground Zero”.
A mostra reúne trabalhos de vários artistas nacionais e internacionais, e pretende refletir, através da instalação, do desenho, da fotografia e da escultura, questões de identidade, memória e ecologia.
É um dos frutos do projeto Atlas, um projeto de residências artísticas localizado no Carvalhal, Bombarral, onde Mónica de Miranda, curadora da exposição, reuniu e partilhou, com os diferentes artistas cujas obras estão agora em exposição, questões e reflexões ligadas à humanidade, aos solos, à terra e ao colonialismo.
“Ground Zero” é a exposição que o Município de Óbidos apresenta, em consórcio com o Município de Amarante, o Museu do Côa e a Sociedade Nacional de Belas Artes, à candidatura de programação RPAC - Rede Portuguesa de Arte Contemporânea da Direção-Geral das Artes (DGArtes).
Com a aprovação desta candidatura no início do ano, orçada em cerca de 346 mil euros, dos quais 120 mil são financiados pela DGArtes, a exposição “Ground Zero” irá circular entre os parceiros, e as exposições destes viajarão até Óbidos.
Até maio de 2026, Óbidos receberá as exposições "Silva Porto", da Sociedade Nacional de Belas Artes, "A Marginália de Amadeo", do Museu Municipal Amadeo de Souza Cardoso, e "Nadir Afonso: Território de Absoluta Liberdade", do Museu do Côa.
“Em nome do executivo municipal, agradecer a todos a vossa presença aqui, na Galeria Nova Ogiva, um espaço onde gostamos de receber arte contemporânea portuguesa e artistas portugueses”, referiu, no momento da inauguração, Margarida Reis, vereadora da Cultura da autarquia de Óbidos. “Um agradecimento especial aos artistas que vieram hoje até Óbidos. Que esta exposição seja um momento muito importante para todos, e que a arte prevaleça, seja sob que forma for”.
Novos começos e conexões
As obras que compõem a mostra “Ground Zero” são uma exploração não apenas do mundo natural, mas também de histórias humanas, que residem na tensão entre o visível e invisível, o deslumbramento e o assombro, a consonância, a luta, o imemorial e o presente. Debruçam-se ainda sobre resíduos do colonialismo, manifestações espaciais entre a memória e a história, justiça social e ecológica, onde as plantas e as paisagens existem como atores políticos.
O termo “Ground Zero” anuncia a possibilidade de novos começos e conexões, e refere-se ao solo como ponto de partida e à terra e ao corpo como lugares onde as memórias e as histórias se guardam.
Até 15 de setembro, vão poder apreciar-se trabalhos de Catarina Leitão, Cristina Ataíde, Jermay Michael Gabriel, Marcelo Moscheta, Mónica de Miranda, Nii Obodai, Nithya Iyer, Susana Anágua e Uriel Orlow.