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Terceira edição do curso de Turismo Literário inicia a 21 de novembro
A menos de um mês do início da terceira edição do Curso de Turismo Literário, que começa a 21 de novembro, já há 31 alunos inscritos para frequentar esta formação online de 75 horas, revelou esta tarde, dia 18, Daniel Pinto, diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO). No ano passado, matricularam-se 23 alunos.
“Queremos que este curso possa despertar nas pessoas vontade de criar novos produtos e serviços alicerçados na literatura, num autor, num livro ou num espaço que inspirou aquele escritor”, explicou Daniel Pinto. Dividido em sete módulos, o curso tem duas sessões presenciais, onde se cruza gastronomia e literatura, inspirada em autores.
O diretor da EHTO deu como exemplos as duas edições anteriores, em que homenagearam Eça de Queirós, José Saramago e Ruy Belo. “Este ano, estamos a pensar no poeta Armando de Silva Carvalho, que nasceu na freguesia de Olho Marinho, em Óbidos”, revelou.
“Muitos de nós, quando estamos a ler um livro, dá-nos vontade de visitar aquele lugar, conhecer aquelas pessoas distintas, ou saber o que é que inspirou o autor”, afirmou Lídia Monteiro, em representação do Turismo de Portugal. “Os livros são o motivo pelo qual este curso existe”, justificou.
Lídia Monteiro, que irá lecionar o módulo “Introdução ao Turismo Literário”, referiu, por isso, a importância de formar “agentes ativos”, que possam criar projetos e desenvolver a oferta associada ao turismo literário em Portugal. “Queremos desenvolver competências, adquirir e aprofundar mais os conhecimentos sobre literatura e sobre poesia portuguesa”, justificou.
“O turismo literário engrandece as obras dos autores, tem impacto na economia, promove a recuperação de espaços históricos e tem um conjunto de benefícios e valências que engrandece esta atividade”, confirmou Catarina Paiva, administradora do Turismo de Portugal. “As obras vão beber muito aos locais, mas os locais também beneficiam das obras. Têm capacidade de nos influenciar e nos pôr a sonhar”, acrescentou. E deixou como exemplo a obra “O Monte dos Vendavais”, que a fez querer conhecer Yorkshire e as paisagens do norte de Inglaterra.
Margarida Reis, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Óbidos, manifestou “orgulho” no lançamento de mais uma edição do curso. “Na vila literária, temos uma estratégia a que vamos acrescentando o que vamos podendo fazer em Óbidos. Com o curso ficamos muito mais ricos”, assegurou. Para atrair visitantes interessados em literatura, deu como exemplo a promoção de iniciativas em livrarias, na biblioteca, em restaurantes, em tertúlias e a realização de atividades nas escolas: 14 há três anos, 98 há dois e 184 este ano.
“Temos levado o FOLIO para lá das nossas muralhas”, explicou a vereadora da Educação. Além das escolas, foram criadas minibibliotecas, com características identitárias. “Na freguesia do Vau, temos um barco, na freguesia da Amoreira temos um moinho, e agora até a nossa paragem do autocarro está diferente”, afirmou, em alusão ao facto de ter uma biblioteca.