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Ruínas do Facho

Esta designação corresponde a um edifício de habitação e respetivo pátio, que se encontravam em estado de ruína. Ficam localizados no cimo da Rua do Facho, junto ao pano de muralha.
A intervenção arqueológica envolveu a abertura de quatro sondagens, até ao nível geológico. Foi realizada no ano de 2003.
Os resultados apontam para uma ocupação contemporânea, centrada entre a segunda metade do séc. XIX e a generalidade do séc. XX (décadas de 70 ou 80). Identificaram-se faianças nacionais de grande distribuição e cerâmicas vidradas de produção local ou regional, que tiveram uma circulação mais restrita. As cerâmicas modernas apresentam um carácter meramente residual.
No rés-do-chão do edifício, o reboco encontra-se grafitado, provavelmente com o objetivo de facilitar a aderência do revestimento final. Os grafitos formam um conjunto muito heterogéneo, composto por grupos de linhas geométricas e de motivos figurativos, entre os quais avulta uma galeota. Trata-se de uma embarcação comprida e de bordo baixo, movida a remos, que ostenta uma coberta e dois estandartes; a tripulação deveria ser constituída por doze remadores e um patrão. Segundo os dados disponíveis, estes grafitos podem datar dos sécs. XVIII ou XIX.