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Voltas e reviravoltas da cidadania apresentada pelo Presidente da Assembleia da República
O livro “Voltas e reviravoltas – A Cidadania”, escrito por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, e ilustrado por Mantraste, foi apresentado ontem, dia 20, por Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, na tenda vila literária do FOLIO. Este é o tema do segundo número da coleção infantojuvenil “Missão: Democracia”, constituída por 12 obras.
“A cidadania quer dizer que todos somos titulares de direitos e de responsabilidades, como o direito de voto”, afirmou o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva. Lei, cidadania, República, eleições, Constituição da República e o 25 de Abril de 1974 são alguns dos temas abordados nesta coleção de livros, encomendada pelo Parlamento, com o objetivo de “promover a literacia cívica e explicar como funciona a democracia portuguesa”.
“O mais importante é a revolução do 25 de Abril. Para o ano, comemoramos 50 anos”, sublinhou Santos Silva. “É onde se encaixa a existência de partidos políticos, a liberdade de organização e de ação desses partidos, eleições livres por sufrágio direto, que começaram em 1975, e a lei que regula tudo isto: a Constituição da República Portuguesa”, justificou.
Ana Maria Magalhães confessou que quando propuseram às duas escritoras escrever um livro sobre cidadania ficaram a pensar qual seria a melhor forma de abordar o tema, por “abarcar tanta coisa”. “Tivemos a ajuda preciosíssima de um neto da Isabel. Sem ele, talvez não tivéssemos escrito este livro com tanta facilidade, porque nunca andei de skate”, observou.
Isabel Alçada acrescentou que, além do apoio de um dos netos, praticante de skate, também se inspiraram nos relatos de outro neto, com uma participação cívica muito ativa desde jovem. A preparação do livro levou ainda as escritoras a assistirem a assembleias de freguesia na internet, para enquadrarem melhor a história, que envolve jovens praticantes de skate, uma cantora famosa e um presidente de junta.
Os protestos da cantora e de outras pessoas em relação ao facto de os jovens destruírem os bancos de jardim foi resolvido pelo presidente da junta, o que resulta numa “compreensão mútua dos problemas” e na aplicação dos conceitos de bem comum e de cidadania. No final, o livro tem um glossário ilustrado, sobre estes conceitos, bem como o de comunidade, de democracia, direitos, deveres, liberdade de expressão, participação política ou solidariedade social.
Orgulhoso com o convite para participar no livro, o ilustrador Mantraste confessou que não gostava de skate, pelo que, quando teve conhecimento da história, recorreu ao visionamento do filme Mid90s e teve de pesquisar fotografias, para se inspirar para criar movimento e ritmo, dar velocidade e expressão às personagens. “A partir daí, foi criar empatia com as crianças e senso de liberdade”, contou. Mantraste aproveitou a presença das escritoras para as desafiar para escreverem um livro da série “Uma aventura” sobre a freguesia do Nadadouro, nas Caldas da Rainha, onde vive.
Sinopse “Voltas e Reviravoltas”
“As praças dos bairros onde crescemos são lugares especiais, onde tudo pode acontecer. Na praça que estes amigos costumam frequentar depois da escola e onde praticam as suas acrobáticas manobras de skate, um banco de jardim torna-se o centro de uma disputa acalorada. A intervenção do presidente da junta de freguesia tem um desfecho inesperado, que ajuda estes amigos a compreender o que significa, afinal, viver em comunidade e participar no bem-comum.”
Fonte: Livraria Parlamentar